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O triângulo retórico e a argumentação

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     Neste post, falaremos um pouco sobre o triângulo retórico desenvolvido por Aristóteles, sua influência na argumentação e como esse conceito serviu de base para a constituição de categorias de persuasão.  O QUE É TER RETÓRICA?  A retórica originou-se na Grécia Antiga, remontando a filósofos clássicos como Aristóteles. Originalmente, retórica se aplicava especificamente à arte de falar ou argumentar em público, mas hoje pode ser aplicada à escrita, por exemplo. Nesse sentido, ter retórica é saber se expressar de maneira persuasiva, eficiente e transparente, geralmente com o objetivo de convencer um público de um determinado ponto de vista.  O TRIÂNGULO RETÓRICO Fonte: A Arte Imita A Vida Aristóteles O filósofo Aristóteles foi o responsável por escrever, no século 4 a.C, um dos primeiros grandes tratados sobre retórica, intitulado Retórica. Nesse tratado ele descreveu os três principais apelos retóricos: ethos, pathos e logos. Esses apelos teóricos ...

A Intertextualidade

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     Neste post , tomaremos como base Bazerman (2021) para falar um pouco sobre a intertextualidade. Discutiremos o que ela significa, quais são seus níveis e alguns outros conceitos básicos que permeiam essa discussão.  O QUE É INTERTEXTUALIDADE?  Em nossas comunicações cotidianas, estamos sempre consumindo e produzindo textos. Esses textos que produzimos, não raro, são resultados de nossas interações com outros textos. Por mais que busquemos ser originais, “sempre dependemos do repertório linguístico comum que compartilhamos uns com os outros" (Bazerman, 2021, p. 135). É mais ou menos daí surge a noção de intertextualidade: textos que se apoiam em outros textos, mas em uma nova roupagem, ou, conforme Bazerman (2021, p. 136), “a relação que cada texto estabelece com os outros textos à sua volta”. Na análise intertextual são considerados aspectos como a relação entre de um enunciado com outro, o modo como ele foi usado e como ele se posiciona em relação à outr...

Charles Forceville e as Metáforas

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     Nesta postagem, tendo como base Forceville (2016), buscaremos mostrar brevemente um pouco sobre os estudos em metáforas multimodais, apresentando os tipos de metáforas multimodais, exemplificando-os e expondo algumas das considerações e preocupações do autor.  Para Forceville (2016), as metáforas, nos últimos anos, têm sido vistas como um fenômeno que governa tanto o pensamento, quanto a linguagem, e por essa razão, as pesquisas em metáforas não verbais tem se concentrado principalmente no papel da gesticulação e dos recursos visuais para a produção de metáforas. ~ Questões contextuais      Lakoff e Johnson (1980) foram os pais da Metáfora Conceitual (TMC), que teve um grande impacto nos estudos orientados pela Linguística Cognitiva (Forceville, ). Para Lakoff e Johnson (1980) o processo de metaforização parte da iniciativa dos seres humanos em tentar relacionar fenômenos abstratos e complexos em fenômenos concretos e corporificados.  ...

Stuart Hall e a Teoria da Codificação e Decodificação

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  Introdução      A teoria da recepção é frequentemente atribuída à Stuart Hall, já que ele desenvolveu o modelo de codificação e decodificação em seus estudos. É sobre isso que falaremos neste post .      Stuart Hall nasceu em 1932 em uma família de classe média em Kingston, em Londres. Após se formar na faculdade, ele começou a escrever artigos sobre como as pessoas interagem entre si e com a mídia. Como consequência, ele tornou-se um dos principais teóricos culturais britânicos. Outro ponto importante é que suas produções eram relacionadas a temas como preconceito racial, mídia, teorias sociais e culturais e hegemonia.  Stuart Hall Fonte: Wikipédia      Por acreditar que o processo de comunicação era mais complexo do que se imaginava, e com o objetivo de ampliar as ideias que já circulavam na época sobre o tema, Hall, um dos principais proponentes da teoria da recepção de  Hans-Robert Juass, criou uma nova abordagem editada...

Emoções, cores e culturas

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Nesta postagem falaremos um pouco sobre as cores e seus significados, tendo como base o artigo  intitulado "Emoção transcultural e significados simbólicos da cor" , escrito por Harshani Gajanayake (2019), pois como já foi mencionado em outras oportunidades, não há somente a comunicação verbal, há também a comunicação não verbal, e entender o significado simbólico das cores nos ajudará a em nossas situações comunicativas.  Emoção transcultural e significados simbólicos da cor      A cor está presente em nosso cotidiano e em tudo que percebemos. Também por causa disso, ela acaba por influenciar nossas emoções e desencadear reações psicológicas, físicas, biológicas e metabólicas. S egundo Gajanayake a cor pode ser entendida como um bloco de construção fundamental de signos visuais e pode servir como forma de nos comunicarmos.      Os significados das cores são simbólicos na medida em que surgem de associações culturais, míticas, históricas, religiosa...